Hoje em dia, com o advento da fotografia digital, existe uma
infinidade de recursos para tratamento, edição e manipulação de imagens. Os softwares mais populares são o Adobe Photoshop, Adobe Lightroom e Gimp. Estes
aplicativos tém recursos que vão muito além do corte e do ajuste de brilho e
contraste.
A publicidade já se utiliza de efeitos para turbinar a
imagem desde que o mundo é mundo. Onde
mais se veriam cenas como esta senão em ambiente virtual?
O jornalismo também adotou a prática para,
digamos, aparar arestas da imagem, ou até sugerir momentos que nem mesmo
foram fotografados tal e qual se apresentam. É o caso da capa da revista
americana The Economist que publicou uma foto do presidente Barack Obama após
um ligeiro “reparo” na imagem;
Uma boa manipulação é aquela que não se apresenta como tal,
que passa despercebida pelos olhos do grande público. Prá enganar especialistas
a coisa fica mais difícil.
É o caso da foto de Paul Hansen, vencedora do respeitado
concurso de fotojornalismo “World Press Photo” das melhores fotos publicadas em
2012. Depois de analisada por especialistas foram apontados indícios de que a
imagem é uma montagem. O fotógrafo nega, mas disse que esqueceu de levar o
arquivo raw, que garantiria a autenticidade da imagem, no dia da premiação.
É muito comum se ver certos exageros cometidos por
alguns editores de fotografia. Muito efeito visível no resultado final da imagem, ou
áreas muito manipuladas que acabam por perder textura e profundidade de cor. Elas
prejudicam a leitura e descredibilizam o fotógrafo, e até o veículo
que a publicou. As revistas de imagens eróticas estão cheias de exemplos deste
tipo.
O fato é que não estamos mais no mundo de Poliana, e nenhum
fotógrafo que se preze entrega material bruto como produto do trabalho. Mas as
intervenções tém limites e pode-se pagar um preço alto pelos disfarces.
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